Toda empresa tem um caixa, seja registrando nele as entradas e saídas. Porém muitas vezes esse caixa é desorganizado. No caixa também se faz o balanço do lucro, ou até mesmo documentando o que é necessário monetariamente para a empresa sobreviver – o que seriam os casos de Organizações Não Governamentais.
No geral, para que a empresa tenha uma boa saúde financeira, ela deve ter um controle nítido das entradas, aquilo que vende, investimentos e afins. Além disso, ter noção principalmente das saídas, isto é, pagamentos a serem feitos. O caixa desorganizado em uma instituição pode ocasionar diversos problemas, entre eles o mais crítico é levar a empresa à falência com diversas dívidas.
O que é o fluxo de caixa?
O fluxo de caixa pode ser caracterizado como o controle de entradas e saídas financeiras de uma empresa. A organização do fluxo implica em estabilidade financeira, uma vez que decisões serão tomadas de modo estratégico e com dados sólidos. Todavia, um caixa desorganizado, pode acarretar em instabilidade na organização. Ou seja, tomadores de decisão podem ter atitudes com base naquilo que acham que tem no caixa e não efetivamente tem.
Controlamos de acordo com vários métodos e modelos, o mais comum é o fluxo de caixa diário, contudo, em alguns casos o mais recomendado é o projetado. Quais casos se aplicam?
Fluxo de caixa diário
O fluxo de caixa diário é muito utilizado por empresas que possuem um grande volume de entradas e saídas. Como mercados, restaurantes, farmácias etc. Contudo, mesmo instituições que não têm esse volume podem fazer o método diário, como objetivo de ter maior controle de modo micro das finanças da empresa. Recomenda-se que, além do diário, tenha o mensal, para que seja possível o balanço do período e acompanhamento.
O caixa desorganizado, independente do método, traz malefícios. Mas estruturar um fluxo de caixa sem métodos terá resultados insatisfatórios também. Assim, as principais informações necessárias na construção do método diário são as entradas, produtos, saídas, valores iniciais e descrições.
Hoje há diversas plataformas que entregam fluxo de caixa diário. Para empresas que não possuem budget a melhor opção é escolher montar o fluxo diário no Excel. Lá, é possível a geração de gráficos e análises que poderão contribuir para uma visão estratégica.
Fluxo de caixa projetado
Portanto, recomendamos o Fluxo de Caixa para empresas que visam aumentar a visão estratégica a médio e longo prazo. Além disso, tomadores de decisão que enfrentam problemas com o caixa desorganizado recorrem à essa opção com o intuito de entender onde estão os principais gargalos.
Este modelo leva em consideração todos os valores da empresa dentro do período – podendo ser trimestral, anual ou mensal. Muitas organizações parcelam dívidas e recebimentos, por isso, é necessário transformar os valores parcelados em valores presentes. Com isso, espera-se que a empresa tenha conhecimento do quanto realmente há no seu caixa e haverá dentro de um período: considerando, entre outros, investimentos e débitos.
Qual a melhor escolha para um caixa desorganizado?
A resposta é: depende. O objetivo geral dos dois é o mesmo: combater caixa desorganizado e ajudar na saúde financeira. Contudo, os meios e resultados que os dois vão gerar são bem diferentes. O ideal é que haja os dois e uma combinação na hora da geração de análises feitas a partir de ambos.
Para empresas que focam em ter um crescimento, têm sazonalidade, estão com dificuldades em entender que o caixa a longo prazo não está batendo e ausência de estratégia nas tomadas de decisões, recomenda-se o fluxo de caixa projetado.
Já para empresas que possuem grande movimentação diária, muitos produtos, diferença nas saídas de vendas e querem ter controle mensal. A recomendação é de fluxo de caixa diário.
Porém, caso uma empresa necessite de ambos, é muito comum haver uma mesclagem entre os métodos, ou até mesmo os dois por completo. O ideal é que o uso dos dois métodos, podendo ser incluído outros, contribua de uma maneira geral para o combate ao caixa desorganizado
Um plano de ação é fazer a análise do que a empresa necessita e quais são as prioridades financeiras que estão em questão. Após isso, a elaboração do fluxo de caixa deve ser feita. Contudo, como supracitado, não é interessante fazer o fluxo de caixa sem a aplicação de métodos, pois pode acarretar problemas no valor final. Inserir os dados na planilha é a parte mais simples, o complexo é ter conhecimento de quais dados e onde inserir. Como exemplo, um investimento pode ser uma saída, caso esteja iniciando naquele momento, ou uma entrada, caso o resultado esteja sendo retirado.
E depois de fazer o fluxo de caixa?
Não basta somente estruturar o fluxo de caixa, independente do método utilizado. É necessário nutri-lo com informações e analisar os relatórios gerados. Sem essas medidas, o caixa ficará desorganizado novamente com o tempo. É de extrema importância que o setor financeiro esteja alinhado com a implementação e com o controle correto das entradas e saídas. Além disso, o modelo e método pode sofrer alterações de acordo com as necessidades que forem surgindo ao longo do tempo.
O mais importante é que os gestores tenham consciência da importância da organização do caixa e saibam escolher qual método, ou métodos, mais se adequa à realidade da empresa. Com isso, haverá o constante combate ao caixa desorganizado e uma maior segurança financeira.