Para qualquer organização, é essencial ter um bom planejamento financeiro para manter- se ativa no mercado, obtendo sempre resultados positivos. É muito comum chegar ao final do mês com pouco dinheiro ou sem saber onde o mesmo foi investido. Sendo assim, é de extrema importância ter um planejamento financeiro bem definido, garantindo um certo valor em caixa para realizar investimentos ou cobrir despesas não previstas.
Planejamento Financeiro
É a elaboração de um plano de ações para ter você no controle sobre as movimentações do caixa e quais os melhores investimentos a se fazer. Nesse sentido, é recomendável montar planilhas contendo as entradas e saídas. Além disso, estabelecer que a empresa tenha metas e como serão atingidas.
Passos para garantir um bom planejamento financeiro
1. Entender o cenário da empresa
Antes de se construir um planejamento financeiro, é muito importante conhecer o cenário da empresa, quais são suas limitações e seus pontos fortes em relação aos concorrentes; ter bem definido o público alvo, o modo como irá realizar contato com o cliente e analisar como a demanda tende a se comportar nos próximos períodos.
Leia mais em: Entenda Como a Análise de Mercado pode Influenciar suas Vendas.
2. Entender o produto e/ou serviço que você vende
O ponto crucial para se obter sucesso financeiro é compreender perfeitamente o que você vende. Estamos em uma época onde o consumidor não busca um produto, mas sim uma solução para algum problema. Dessa forma, visto que o mercado oferece diversos produtos e/ou serviços com funcionalidades parecidas e preços competitivos, cabe ao vendedor convencer de que o seu é o que melhor vai satisfazer às necessidades do cliente.
A partir do momento que você conhece sua estratégia de vendas que tem em mãos, a análise se torna mais intuitiva e fácil de ser realizada.
3. Fazer o mapeamento dos custos diretos e indiretos
Após entender seu produto e/ou serviço, deve-se mapear todos os custos relacionados a ele. O custo direto é aquele que está diretamente ligado ao produto e/ ou serviço. Por outro lado, os indiretos são os associados com as atividades auxiliares.
Desse modo, tomando como exemplo uma lanchonete, os custos diretos seriam os de produção de um sanduíche, como: pão, carne e queijo. Já os indiretos são os relacionados a mão de obra, aluguel e pagamento de contas, como água e energia elétrica.
Deve- se, portanto, analisar quais são os custos de produção para cada unidade e qual é o preço competitivo no mercado e, dessa maneira, conseguir calcular qual será o lucro para cada item vendido.
4. Registrar investimentos, despesas, financiamentos e empréstimos
As planilhas são instrumentos eficientes para tomar-se nota de toda a movimentação financeira que ocorre na empresa. Nelas se colocam as entradas, gastos, financiamentos e empréstimos. Assim, você analisa qual é o saldo atual e consegue se planejar para os futuros investimentos.
É muito importante gerar relatórios com elementos visuais, pois facilitam muito o entendimento do cenário da empresa. Somado a isso, é interessante fazer gráficos e trabalhar com porcentagens, principalmente quando se vai apresentar o controle financeiro para pessoas que não têm total domínio do assunto.
5. Remover custos desnecessários
Uma boa gestão financeira requer otimização de custos, ou seja, eliminar todos os gastos que não são necessários para o bom andamento da empresa. Diante disso, ter controle de estoque intermediário e final; evitar aquisição de produtos com baixa rotatividade, principalmente se sua empresa for do ramo alimentício, são essenciais para uma boa gestão financeira.
Além disso, evitar produzir além do que a demanda prevê para manter estoque, visto que esses produtos parados representam dinheiro parado que poderia estar sendo investido em outras áreas, são fatores que contribuem para as práticas para reduzir custos nas empresas.
6. Projetar situação financeira para os próximos meses
Após ter total conhecimento sobre as entradas e saídas da sua empresa, chegou o momento de criar as ações para estar sempre precavido a qualquer contratempo que possa vir a ocorrer. Dessa forma, é hora de fazer o planejamento financeiro e a ideia é bastante simples.
Primeiramente, é preciso analisar os próximos períodos e registrar quais serão, provavelmente, seus ganhos e despesas. Comece com os gastos fixos que se repetem em todos os períodos, como aluguel, pagamento de funcionários e contas; depois é hora da previsão dos gastos variáveis que estão ligados à quantidade produzida, como comprar matéria prima e embalagens.
Dessa forma, você conseguirá identificar os meses em que seu caixa estará mais comprometido e se antecipar a isso, fazendo economias ou se planejando para um empréstimo, caso seja necessário. Por outro lado, também poderá se antecipar para os meses em que o caixa estará com um saldo mais elevado, podendo realizar investimentos.
Logo, é importante projetar cenários otimistas e pessimistas e estar preparado para lidar com qualquer tipo de situação, sem perder o controle de gastos e comprometer o seu negócio. Por fim, para os cenários mais pessimistas, é válido criar um fundo de reservas.
Elaboração do planejamento financeiro pensando no longo prazo
Em suma, o planejamento financeiro pode ser decisivo no sucesso ou fracasso do seu negócio. Portanto, pense sempre no longo prazo, defina suas metas para o curto, médio e longo prazo e os meios que irá utilizar para alcançá-las.
A partir dessas dicas, esperamos que você possa entender melhor a dinâmica do seu caixa e seus custos de produção, e a partir disso consiga garantir uma boa saúde financeira para o seu negócio.
Veja mais em: Como fazer o planejamento financeiro empresarial para crescer!