Ao ler a expressão negócio sustentável, pode haver uma associação quase que imediata com o conceito de ecológico o que acaba por limitar o significado que é tão abrangente.
Mas o que é um negócio sustentável?
Essa expressão é usada para fazer referência a um negócio em equilíbrio em aspectos ecológicos, energéticos, sociais e também econômicos.
Esses critérios fazem referência ao respeito do meio ambiente, com a utilização de recursos que não o agridam nem atrapalhe as relações entre os seres vivos presentes nele, por exemplo, a utilização de embalagens biodegradáveis.
Em se tratando de aspectos econômicos do negócio, é essencial conhecer o valor do produto que está sendo vendido, o que deve ser determinado a partir do cálculo em que leve em consideração a receita, os custos, as despesas da empresa e da margem de contribuição que se quer obter, ou seja, o quanto determinado produto “paga as contas” da empresa, conceitos de contabilidade que são importantes para uma boa gestão financeira.
Além disso, deve haver conhecimento do mercado em relação aos seus concorrentes, para que o preço o negócio em boas condições para competir com as demais empresas do mesmo ramo.
Ademais, para um negócio sustentável, é importante a utilização de fontes de energia renováveis, ou seja, que tem seu ciclo de renovação relativamente curto, de menos tempo que a vida humana, e a otimização de recursos utilizados no negócio, tanto de pessoas como de matéria prima evitando desperdícios.
Em indústrias, os termos desperdício e gargalo são bastante conhecidos e quando sua importância é reconhecida dentro da mesma é comumente adotada uma filosofia de gestão denominada lean manufacturing que tem como objetivo identificar e reduzir ou eliminar os sete desperdícios: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. Ademais, é caracterizada pela qualidade e flexibilidade na produção.
Nesse contexto, o mapeamento de processos é útil para identificar desperdícios em um processo, criando oportunidade de melhoria. Dessa forma, possibilita que a empresa se torne mais eficiente e competitiva no mercado, reduzindo custos desnecessários na produção.
Mas o que é mapeamento de processos?
O mapeamento de processos identifica uma sequência lógica de atividades e componentes que compõem um processo. Que é uma sequência de ações para atingir um objetivo (e repetido com regularidade). Esse serviço conta com atividades como: compreender, melhorar, documentar, padronizar e melhorar os processos. Dessa forma, o produto é a representação visual do processo.
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A representação é feita por fluxogramas, o qual descreve a sequência operacional observada no processo. O que possibilita entender de maneira rápida e fácil como é o fluxo de matéria e informações. Um dois maiores benefícios que pode ser observado é a racionalização do trabalho o que permite a identificação de falhas no processo.
Benefícios do mapeamento de processos para a sua empresa
- Identificar gargalos: partes do processo que não fluem bem e acabam por atrapalhar o desempenho da produção;
- Delimitar funções: através da simplificação do trabalho é possível melhor definir responsáveis para tarefas;
- Evitar desperdício de recursos: depois da identificação de gargalos, é possível transformar as atividades envolvidas no processo para que haja um maior rendimento e os custos sejam reduzidos.
- Padronização das atividades: definição da melhor forma de realizar a tarefa. A fim de fazer com que todos os funcionários realizem da mesma maneira e reduza o tempo de realização e melhore o desempenho na mesma.
O mapeamento pode ser realizado com diversos níveis de detalhamento dependendo do objetivo que se quer atingir.
Como aplicar o mapeamento de processos na sua empresa?
O primeiro passo é definir quais processos serão mapeados já que pode ser inviável ou desnecessário mapear todos eles. Para isso, o ideal é eleger quais processos que se mapeados trarão maiores resultados positivos no cenário geral.
A seguir, é necessário construir o mapa do processo contendo as entradas, saídas e atividades que eles contêm além de responsáveis de cada atividade. E é importante ressaltar que devem fazer parte dessa construção funcionários que conheçam as particularidades desse processo e que o vivenciem no dia a dia.
Depois, deve ser feita a validação dos mapas feitos para ver se fazem sentido no contexto da empresa e se traduzem a realidade.
A partir disso, deve haver a representação do processo de maneira visual e clara para que possam ser analisadas oportunidades de otimização. A representação pode ser feita através de fluxogramas.
Conclusão
É importante pensar quais atividades geram valor para o cliente e quais atividades não geram valor no produto final. As atividades que não geram valor ou que constituem um gargalo (não são realizadas da melhor forma possível e atrapalham o fluxo) devem ser repensadas. Ou retiradas do processo de modo a atingir o melhor desempenho no processo.
Vale ressaltar que após esse processo é necessário realizar o acompanhamento periódico desses processos para garantir que a decisão tomada foi certeira. E caso não for, haver uma nova adequação do processo. Para acompanhar o andamento dos resultados e se certificar do retorno que as mudanças proporcionaram, é indispensável o monitoramento através dos indicadores da empresa. Pode ser feita uma comparação do resultado anterior às mudanças e posterior à elas.
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Portanto, evitar desperdícios não é uma tarefa fácil e, com certeza, exige disciplina por parte do gestor para que haja não só a padronização e análise de processos. Mas também o acompanhamento e revisão dos mesmos para garantir que o desempenho melhore no negócio e dessa forma, garantir a competitividade no mercado através da redução de custos provenientes dos desperdícios.