Como desenvolver um novo produto alimentício?
O desenvolvimento de um novo produto alimentício é de grande importância, visto que o desenvolvimento de novos produtos é essencial para a sobrevivência das empresas nessa economia dinâmica que temos atualmente.
E essa afirmação se mostra muito verdadeira, principalmente, para indústrias de alimentos, que cada vez precisam inovar mais para se manterem à frente de sua concorrência.
O desenvolvimento de um novo produto é um processo complexo e exige muita pesquisa e um planejamento estratégico claro, para que o resultado esperado seja satisfatório.
É necessário ser um processo multidisciplinar, que envolve as áreas de pesquisa e desenvolvimento, marketing, vendas e muitos outros.
Uma das formas de realizar esse planejamento estratégico é utilizando um canvas, que é um mapa visual que contém nove blocos, como na imagem a seguir:
As ideias contidas nesses 9 blocos caracterizam seu negócio. Mostram como ele irá operar e gerar valor ao mercado, definindo seus principais fluxos e processos, permitindo uma análise e visualização do seu modelo de atuação no mercado.
Dessa forma, para o desenvolvimento de um novo produto é essencial começar um processo de criação. Esse processo não possui um modelo fixo, mas é muito bom seguir algumas etapas e ter um planejamento.
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Mas como começar esse processo de desenvolvimento de um novo produto?
Para você não ficar perdido sobre quais etapas devem ser estabelecidas para alcançar o sucesso do seu novo produto, aqui seguem 5 etapas essenciais:
1. Ideia inicial
A primeira etapa no processo de criação é a descoberta, onde surgem ideias, que posteriormente serão avaliadas. Nesse momento é recomendado a construção de um brainstorming (chuva de ideias) com a equipe, sempre pensando nas tendências do mercado de alimentos.
É importante lembrar também do seu propósito, pensando em ter sucesso no mercado de alimentos.
2. Pesquisa de Mercado
Essa fase é fundamental para ter certeza que a ideia é viável e possui um mercado consumidor em potencial.
A pesquisa compreende-se em definir os objetivos de pesquisa, desenvolvimento de um plano de pesquisa, coleta de informações análise das informações e apresentação dos resultados.
Com esse estudo, pode-se concluir se o produto criado possui um possível mercado consumidor e determinar o público-alvo do produto.
Também serve para identificação o volume ou quantidade que o mercado é capaz de absorver e a que preços esses produtos poderão ser vendidos.
3. Formulação para desenvolvimento de um novo produto
O desenvolvimento de uma formulação exige muito conhecimento técnico. Visto que é necessário a determinação de todos os componentes da formulação.
Para realizar a especificação dos componentes da formulação é essencial efetuar testes em laboratório ou planta piloto a fim de entender o efeito desses ingredientes escolhidos no produto final.
Resumidamente, o objetivo desta fase é verificar a viabilidade dessa formulação, e portanto, definir a melhor composição do produto. Assim também, garantindo que o prazo de validade do produto seja adequado para o meio de distribuição do produto e sobretudo garantindo a segurança do consumidor.
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4. Análise Sensorial
A análise sensorial é uma ferramenta que avalia a aceitabilidade mercadológica e a qualidade do produto.
Essa ferramenta consiste em analisar diversos parâmetros de qualidade de alimentos, por isso a mesma é extremamente utilizada pelas indústrias de alimentos.
Sabemos muito bem que o ser humano, na realidade, não se alimenta apenas devido às suas necessidades fisiológicas de sobrevivência, mas sim pelo prazer que ela proporciona.
A aparência de um produto, por exemplo, é de longe o fator principal entre todos os que devem ser levados em consideração. Visto que a cor, a forma e a embalagem são o que atraem em um primeiro momento, seguido de aroma, sabor e textura.
Esse ponto é muito importante quando estamos tratando de um produto novo no mercado, que precisará chamar a atenção de consumidores por meio de sua aparência em um primeiro momento.
Logo, trata-se de uma etapa imprescindível para o desenvolvimento de um novo produto, o qual depende da aceitação do consumidor.
Portanto, certificar-se de que o alimento proporciona uma experiência sensorial agradável ao paladar humano é essencial para aceitação do produto no mercado.
5. Desenvolvimento de uma embalagem
A embalagem é uma das principais responsáveis pela conservação do produto, para que ele tenha uma extensa vida de prateleira, também conhecido como shelf-life.
A escolha da embalagem adequada leva em consideração diversos fatores, como as texturas do alimento e sua umidade, a capacidade da embalagem de preservar a temperatura em seu interior e até mesmo o valor estético trazido pela embalagem.
Nesta etapa, determina-se a embalagem para acondicionar um alimento, de modo a preservá-lo adequadamente e preservar suas características sensoriais. E também define-se o rótulo que é a fonte de informações sobre o produto comercializado.
Assim, com o planejamento estratégico e seguindo esses 5 passos o produto tem tudo para ser um sucesso na área de alimentos.
Esses são alguns itens básicos para começar a planejar o início da sua fabricação de alimentos de forma correta e segura. Para saber como adequar melhor essas ideias ao seu negócio, fale conosco!
Texto Escrito por Mayra Melo, graduanda de Engenharia de alimentos e Consultora do GEPEA – Empresa Júnior de Engenharia de Alimentos.