Planejamento de layout

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Planejamento de layout
Arranjo de layout
Tempo de leitura: 3 minutos

O que é Layout?

O termo layout tem muitos significados em diversos campos. Porém, em todos, o layout resume-se basicamente na forma como algo está disposto em determinado espaço no processo produtivo.

Nesse texto, o campo do qual iremos tratar é o empresarial, abordando conceitos da logística e da produção, que irão nos ajudar a enxergar o porquê de termos um bom layout!

O Layout em empresas e fábricas

A tradução do termo layout que melhor se adequa à logística é “configuração de instalação”, também podendo ser chamado de arranjo físico.

Desse modo, o livro Administração da Produção define bem esse termo quando diz que “arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção”.

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A importância de um arranjo físico bem definido

Ainda, aproveitando as definições dadas por Nigel Slack em Administração da Produção, o arranjo físico “determina a maneira segundo a qual os recursos transformados – materiais, informações e clientes – fluem através da operação.”

A partir dessa explicação, conseguimos começar a ver mais claramente que tudo em uma organização gira em torno do layout adotado. Sendo assim, quaisquer mudanças realizadas trazem consequências aos processos produtivos. Desse modo, um bom layout é uma das praticas para reduzir os custos nas empresas.

Nesse sentido, vamos tomar como exemplo uma grande indústria com diversas fábricas espalhadas no mundo: mudanças relativamente pequenas na localização de uma máquina em determinada fábrica podem afetar os custos e a eficácia geral da produção naquela filial, quando comparada às outras.

Além disso, outros problemas também podem ser gerados a partir de um layout mal definido: estoques de materiais, inconveniências para os clientes, tempos de processamento desnecessariamente longos e altos custos.

O meu Layout é o mais adequado?

Tendo em vista o que foi discutido, dividimos em 3 passos as ações que você deve tomar para acertar na definição do seu layout para ter você no controle!

  • 1º passo:

Em primeiro lugar, o pontapé inicial para a definição adequada do seu layout é entender qual é o seu tipo de processo produtivo!

Então, se você ainda não tem seus processos mapeados, aproveite o momento para ler sobre.

  • 2º passo:

Depois de definir o seu tipo de processo, você deve escolher qual o seu arranjo físico básico. Assim, nada mais é do que a forma geral do arranjo dos recursos produtivos da produção.

Também, vale ressaltar que essa relação entre tipos de processos e os tipos básicos de layout não é totalmente determinística. Ou seja, um tipo de processo produtivo não necessariamente implica em um tipo básico de arranjo físico em particular.

Por consequência, há muitas maneiras diferentes de se arranjar os recursos produtivos. Porém, a maioria dos arranjos físicos deriva de apenas quatro tipos básicos de arranjo físico, os quais detalharemos mais à frente. São eles:

  1. Arranjo físico posicional;
  2. Layout por processo;
  3. Layout celular;
  4. Arranjo físico por produto.
  • 3º passo:

Finalmente, o terceiro e último passo: selecione o projeto detalhado de arranjo físico.

No entanto, é mais simples do que parece e é mais um ponto de atenção do que uma atividade propriamente dita.

Ademais, escolha do arranjo físico básico não define precisamente onde os recursos serão alocados, e sim a maneira geral na qual eles serão distribuídos.

Por isso, é importante a definição do projeto detalhado para o ajuste dos últimos detalhes! A realização de uma auditoria 5S pode ajudar nessa hora para ter você no controle dos seus processos!

Os 4 tipos básicos de Layout

Ansioso para definir qual o layout que melhor se encaixa na sua realidade? Então, vamos às características de cada um deles!

Ter o layout certo melhora a produtividade!

Layout posicional

Também é conhecido como arranjo físico de posição fixa, o que, de certa forma, é uma contradição. E por quê?

Principalmente, porque os recursos que são transformados (informações, materiais ou clientes) ficam parados. Por outro lado, os equipamentos, maquinários e funcionários que se movem para a cena do processamento na medida do necessário. Essa é uma das praticas para reduzir os custos nas empresas.

Por esse motivo, a razão para isso pode ser o tamanho ou o estado do produto ou do sujeito impossibilitar a sua movimentação.

Exemplificando, temos construção de uma rodovia; cirurgia de coração aberto; restaurante de alta classe.

Pode-se citar como vantagem o produto ou cliente não movido ou não perturbado, alta variedade de tarefas para a mão de obra.

Já como desvantagem, os custos unitários muito altos, programação de espaço ou atividades pode ser muito complexa, pode significar muita movimentação de equipamentos e mão de obra.

Arranjo físico por processo

Nesse layout, os processos similares (ou com necessidades similares) são localizados próximos um do outro.

Logo, o porquê dessa escolha é simples: talvez seja conveniente para a operação mantê-los juntos ou que, dessa forma, a utilização dos recursos transformadores seja beneficiada.

Então, quando informações, produtos ou clientes fluírem através da operação, eles passarão por um roteiro de processo a processo, de acordo com suas necessidades.

Ou seja, diferentes produtos ou clientes terão necessidades diferentes. Logo, percorrerão caminhos diferentes, tornando o fluxo na operação bastante complexo.

Como exemplo, temos algumas alas de hospitais, setores de supermercados e corredores de bibliotecas.

Vantagens:

Relativamente “robusto” em caso de interrupção de etapas; supervisão de equipamento e instalações relativamente fácil.

Desvantagens:

Pouca utilização de recursos; pode ter alto estoque em processo ou fila de clientes; pode ser difícil de controlar um fluxo de processo produtivo complexo.

Layout celular

Pode-se dizer que o arranjo celular é uma tentativa de solucionar a possível complexidade do fluxo que o arranjo físico por processo possibilita.

Por conseguinte, isso se deve a informações, clientes ou produtos, ao entrar na operação, são pré-selecionados para irem a uma parte específica da operação (ou célula).

Dessa forma, são nessas células que se encontram os maquinários, equipamentos e funcionários necessários a atender as demandas do processamento.

Depois de serem processados na célula, os recursos transformados podem prosseguir para outra célula.

Exemplos: maternidade em um hospital; áreas para produtos específicos em supermercados.

Vantagens e desvantagens

Boa relação entre custo e flexibilidade para operações com variedade relativamente alta, atravessamento rápido. Também, trabalho em grupo pode gerar motivação.

Pode ser caro reconfigurar o arranjo físico atual e pode requerer capacidade adicional. Assim, pode reduzir níveis de utilização dos recursos.

Arranjo físico por produto

Por fim, essa modalidade de layout cede toda a prioridade de organização segundo as necessidades dos recursos transformados.

Isto é, cada produto, elemento de informação ou cliente segue um roteiro predefinido no qual a sequência de atividades demandadas coincide com a forma que os processos produtivos foram arranjados fisicamente.

Por conta disso, este é o famoso arranjo físico em “fluxo” ou em “linha”! Além dos motivos citados, este layout também é conhecido dessa maneira devido ao seu fluxo de transformação ser muito claro e previsível, tornando-o mais simples de controlar.

Exemplos: montagem de automóveis; restaurante self-service.

Como vantagem, temos os baixos custos unitários para altos volumes, dá oportunidade para especialização de equipamento, movimentação conveniente de clientes e matérias.

Já como desvantagens, podemos citar que não é muito robusta contra interrupções e o trabalho pode ser repetitivo.

Extra: Arranjos físicos mistos

Na hora da definição do arranjo físico também é difícil de escolher entre um ou outro.

Sendo assim, muitas vezes é mais benéfico e natural usar dois ou mais tipos de layout na operação produtiva.

Exemplificando, pense em um restaurante. Na cozinha o arranjo físico pode ser por processo. Contudo, no local das mesas o arranjo pode ser o posicional. De modo semelhante, no buffet, o arranjo pode ser celular.

Dessa maneira, o gerente da produção pode extrair as vantagens de cada um dos tipos a minimizar as desvantagens dos mesmos!

Em resumo

Diante disso, conseguimos passar por todos os tipos básicos de arranjo físico e esperamos que você tenha uma noção do que é necessário analisar para uma melhor definição do seu layout!

Citamos acima que algumas coisas influenciam essa escolha, como o conhecimento do tipo de processo adotado, e isso pode ser resolvido com um mapeamento dos processos da sua operação produtiva.

Nesse sentido, esperamos que vocês tenham reparado nas recorrentes citações às características volume-variedade e aos objetivos de desempenho enquanto falávamos das vantagens e desvantagens de cada arranjo utilizando-o como praticas para reduzir os custos nas empresas.

Portanto, fica claro que é necessário ter um planejamento estratégico bem delimitado, assim como uma visão macro das estratégias do seu negócio e que você no controle tome as melhores decisões!

Tem alguma dúvida? Entre em contato conosco!

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