“Pensar como um designer pode transformar a forma como você desenvolve produtos, serviços, processos – e mesmo estratégia”. – Tim Brown. Essa frase demonstra a importância do Design Thinking.
Um importante diferencial competitivo das empresas sempre foi a qualidade, mas atualmente este não é mais aceito pois a qualidade se tornou pré-requisito do mercado.
Dessa forma, apenas a tecnologia ou um bom desempenho não constituem mais uma vantagem. E atualmente, o essencial para sobrevivência das empresas é a inovação!
Assim, é necessário que o empreendedor se dedique a inovação como um novo e criativo modo de atender às necessidades do mercado, permitindo que a sua empresa permaneça competitiva.
Seguindo então essa tendência, novos caminhos para a inovação foram buscados e assim surgiu o Design Thinking, uma abordagem focada no ser humano, criatividade e colaboração de pensamentos e processos para criar soluções inovadoras para os negócios.
Mas o que realmente é Design Thinking?
Design Thinking é, de acordo com Charles Burnette, professor norte-americano e especialista no assunto, “um processo de pensamento crítico e criativo que permite organizar informações e ideias, tomar decisões, aprimorar situações e adquirir conhecimentos”.
Já Tim Brown (2008), um dos idealizadores desta abordagem, caracteriza o Design Thinking como:
“Uma disciplina que usa a sensibilidade e os métodos do designer para suprir as necessidades das pessoas com o que é tecnologicamente factível, e recorre ao que uma estratégia de negócios viável pode converter em valor para o cliente e oportunidade de mercado”.
Em outras palavras, o Design Thinking une a sensibilidade do design com métodos para atender às necessidades das pessoas.
Onde ele pode ser utilizado?
Diferente do que se imagina, o Design Thinking não é utilizado apenas por grandes corporações ou empresas de design. Ele pode ser aplicado em qualquer segmento de negócios e apoia tanto o lançamento de novos produtos ou serviços, quanto processos internos de inovação.
Portanto, novos negócios e pequenas empresas são muito beneficiados pela utilização do método, que identifica as melhores opções e torna as experiências mais eficazes, mas se adequa muito bem àqueles problemas que:
- Não possuem definição clara;
- Tem situações mutáveis;
- Tem fortes impactos em necessidades humanas.
Etapas do Design Thinking
Empatia
Também conhecida como Imersão, essa etapa é a base de toda a abordagem e, portanto, é também uma das etapas mais importantes do Design Thinking.
Neste momento, é onde você se coloca no lugar do público-alvo, isto é, busca conhecer as características e necessidades das pessoas envolvidas no problema, de modo a entender questões como:
- O que elas precisam?
- Do que gostam?
- E o que buscam?
Muitas ferramentas podem – e devem – ser utilizadas no processo, sendo a mais comum, o mapa de empatia. Traçá-lo pode não só ajudar a entender o perfil, mas informações mais aprofundadas do cliente como dores e dificuldades, expectativas, etc.
Quanto mais informações, mais fácil será obter uma solução mais adequada para aquele com o qual se quer criar conexão.
Definição
De acordo com as informações obtidas na fase anterior, é possível definir o problema principal a ser resolvido, bem como os secundários.
É importante dar atenção às dores do público-alvo neste momento para conseguir delimitar e entender com o que se está lidando e quais as prioridades para tal.
Entender o problema é um dos principais objetivos do Design Thinking para somente então, pensar na solução a partir da fase de Ideação.
Ideação
Após entender os problemas a serem resolvidos e os motivos por trás de cada um deles, chegou o momento de enfim, buscar soluções.
Nessa etapa, utilizam-se ferramentas de criatividade como brainstorming para ideias e sugestões, sem filtros. O intuito é obter o máximo de insigths possíveis e para tal, algumas premissas do brainstorming são essenciais:
- Não criticar as ideias;
- Prezar por quantidade;
- Incentivar ideias radicais;
- Construir uma perspectiva diferente dos demais.
Prototipagem
O momento de colocar a mão na massa chegou!
Na fase de Prototipagem, colocam-se as ideias obtidas na fase de Ideação em prática.
Vale ressaltar que na abordagem DT, são realizadas pequenas experimentações para validar a ideia principal, isto é, na etapa de Prototipagem nunca teremos o produto final, mas sim um rascunho!
Teste
Após o término da fase anterior, os protótipos são colocados à prova. São realizadas validações rápidas e caso o protótipo não entregue o melhor resultado, o processo se reinicia até que a solução adequada seja encontrada.
Quais os benefícios do Design Thinking para seu negócio?
Que esse método traz vantagens para quem o pratica, não há dúvidas. Mas quais os principais benefícios em comparação aos métodos tradicionais de lidar com problemas?
Foco no problema
Quando, por exemplo, o empreendedor tem uma nova ideia, este imagina imediatamente o funcionamento do negócio.
Mas muitos negócios acabam fechando no primeiro ano então, pois os empreendedores focam na solução quando deviam focar no problema que desejam resolver, o que é praticado no Design Thinking.
Invés de pensar na solução, o foco está nas pessoas e nos desafios enfrentados.
Implementação completa x protótipos
Uma vez que o problema é identificado, outro erro muito comum é a implementação completa da “melhor” solução encontrada, que na maioria das vezes acaba não sendo a mais adequada.
Já como visto no Design Thinking, a ideia principal passa por experimentações, de modo que o produto final só será obtido após a validação dos protótipos e quando isto não ocorre, o ciclo do processo se reinicia até que a solução mais efetiva seja colocada em prática.
Economia de dinheiro e tempo
Complementando o item anterior, como a solução é criada e testada em “pequenas doses”, o empreendedor acaba economizando dinheiro pois caso o protótipo não seja totalmente aceito, este teve um pequeno custo se comparado com a realização de um projeto completo.
O mesmo ocorre para economia de tempo no DT, pois caso seja verificado algum erro durante a etapa de Testes, é possível modificar a solução e encontrar o caminho correto, evitando também que se perca o timing do mercado.
Interação efetiva entre empresa e cliente final
O contato entre empresa e cliente acaba sendo intensificado, principalmente pela preocupação em entender as dores do cliente para então, buscar uma solução para este.