Gestão Financeira

VOCÊ REALMENTE CONHECE A SAÚDE FINANCEIRA DA SUA EMPRESA?

Assim como num corpo, em uma empresa diversos órgãos (ou pessoas) trabalham para que a mesma tenha uma boa saúde. Porém, diferentemente do corpo, em uma empresa essa saúde é vista através de diversos resultados que estão sendo gerados por ela e, um do mais importantes, é o financeiro. Então, chegamos a uma questão: você realmente conhece a saúde financeira da sua empresa? A princípio, caso o termo DRE não tenha vindo à sua cabeça ao ler “saúde financeira” muito provavelmente você ainda pode entender muito mais sobre o desempenho do seu negócio. Continue lendo a matéria que a Líder Jr. vai te ajudar a alcançar resultados ainda melhores! Saúde Financeira: Então, o que é um DRE? DRE, conforme suas siglas abreviam, é a Demonstração do Resultado de Exercício. Ou seja, é um documento que mostra o resultado financeiro que uma empresa teve após ter passado por todos os processos contábeis – ou movimentações -, totalizando em lucro ou prejuízo.  O documento em questão é obrigatório para todas as empresas anualmente, pois é onde o Governo analisa se os impostos que estão sendo pagos à ele realmente estão condizentes. No entanto, pode se usar para muito mais que isso, ajudando o empreendedor a entender de onde veio o lucro ou prejuízo, os gargalos econômicos de seu negócio e até as oportunidades que podem aproveitar. Parece simples, não é mesmo?  Mas para se obter esse resultado final é necessário um conhecimento amplo de todos os processos contábeis pelo qual um negócio passa e a documentação de cada um deles.  COMO FAZER UM DRE? Primeiramente, para a elaboração do DRE, realiza-se uma série de cálculos sequenciais, sendo um a base do outro e que, ao fim, geram o resultado final. Ao longo desses cálculos, podem ser feitas diversas análises de como o processo contábil está se comportando e afetando a saúde financeira da empresa. Agora, para ficar mais fácil a compreensão, veja a figura a seguir: 1. Documente e organize os dados da sua empresa: A princípio, nenhum processo contábil se faz sem dados que o embasem e deem credibilidade ao resultado que será encontrado. Portanto, quanto mais dados históricos forem levantados, maior a confiabilidade da análise que será feita. Também, uma maior organização sempre permite um maior aprofundamento e detalhamento dessas análises, garantindo ainda mais qualidade e usabilidade do resultado que está sendo procurado. Uma boa sugestão de organização desses dados é por meio de planilhas eletrônicas, separando as entradas e saídas e classificando as mesmas.  2. Saiba a sua receita bruta: A receita bruta ou receita de vendas é tudo aquilo que se recebe em valor monetário ou em diretos. Basicamente, são todas as entradas da empresa e, para saber quais são, basta ter documentado os processos de recebimentos ocorridos ao longo do exercício da empresa. 3. Determine sua receita líquida: Através da definição da receita bruta e do conhecimento das deduções e dos abatimentos da empresa, é possível calcular a receita líquida por meio da seguinte fórmula: RECEITA LÍQUIDA = RECEITA BRUTA – DEDUÇÕES E ABATIMENTOS E o que são essas deduções e abatimentos? As deduções e abatimentos são tudo aquilo que é descontado do valor de venda diretamente, ou seja, promoções, devoluções, impostos sobre as vendas, etc.  Em seguida, a receita líquida permite analisar de forma mais realista o quanto seu produto, mercadoria ou serviço gera de renda. 4. Calcule o lucro bruto e Relacione com a Saúde Financeira: O lucro bruto é o valor monetário resultante de tudo que está diretamente ligado ao seu objeto de venda – produto, mercadoria ou serviço -, ou seja, é a sua receita líquida descontados os custos envolvidos (tomando- se custos como gastos diretos ao objeto de venda). Como não são consideradas as despesas envolvidas, sua análise é referente às vendas em si e não ao funcionamento geral da empresa. Portanto, caso o resultado do lucro bruto seja negativo, muito provavelmente a saúde financeira da sua empresa está tendo como gargalos poucas vendas ou altos custos de venda. Com isso, têm-se como fórmula do lucro bruto: LUCRO BRUTO = RECEITA LÍQUIDA – CUSTOS DE VENDA A receita líquida você já sabe o que é, mas o que são os custos de venda? Os custos de venda, representados pelas siglas CPV, CMV e CSP – custos dos produtos vendidos, custos das mercadorias vendidas e custos dos serviços prestados, respectivamente -, são os custos ligados diretamente ao que se vende – produto, mercadoria ou serviço -, como o preço da matéria-prima. 5. Obtenha os resultados pré-impostos: Assim, as etapas anteriores possibilitaram uma análise acerca do desempenho contábil das vendas. No entanto, a partir dos resultados antes dos impostos, ou seja, da diferença entre o lucro bruto e as despesas da empresa, a análise sobre a saúde financeira da empresa fica mais realista, quase se aproximando do resultado final. Para obter esse resultado, a seguinte fórmula se aplica: RESULTADO PRÉ IMPOSTOS = LUCRO BRUTO – DESPESAS DE VENDAS – DESPESAS FINANCEIRAS – DESPESAS ADMINISTRATIVAS A despesas citadas são todos os gastos que não estão diretamente ligados ao produto, mercadoria ou serviço. Podemos ter como exemplo: preço do pacote de internet, salário de contadores e salário dos funcionários ligados à administração. 6. Gere o resultado final: resultado líquido Se você chegou até aqui, o resultado que a sua empresa produz já foi calculado. Porém, tem algo importante que precisa considerar para obter o resultado líquido: os impostos. Os impostos gerais das empresas são o CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido –  e o IRPJ – Impostos de Renda de Pessoa Jurídica -. Tendo o valor dos mesmos, aplicado a conta a seguir, você saberá se a saúde financeira da sua empresa está boa ou ruim. RESULTADO LÍQUIDO = RESULTADO PRÉ IMPOSTOS – CSLL – IRPJ Caso queira entender mais sobre esses impostos, acesse o link. Para além do resultado, como analisar os processos? Até momento, a Líder falou sobre como demonstrar o resultado de exercício da sua empresa. Porém, o quanto saber o

Blog, Gestão Financeira

6 Indicadores Financeiros para começar a medir resultados

Tem dificuldades em saber se seu negócio está indo bem? Ou em entender se seu lucro é compatível com suas despesas e seus gastos? Muitos empresários vivem com essas dúvidas. Contudo, elas são sanadas com o conhecimento de indicadores financeiros. Mas o que são Indicadores Financeiros? Os Indicadores Financeiros são métricas que auxiliam o empreendedor a entender os números da sua empresa. Assim como, fornecer segurança para uma análise do financeiro ao longo do período de tempo desejado. Seja esse período: dias, meses, trimestres ou anos. Da mesma forma, um exemplo prático seria o ROI, indicador que analisa se o investimento teve um retorno ou não.  Dito isso, podemos imaginar um Consultor de Marketing que visa fazer um investimento em certa plataforma de anúncios. Entretanto, depois do primeiro mês investindo-o se pergunta: Valeu a pena? A resposta dessa pergunta se dará utilizando o cálculo do ROI. Cálculo do ROI Qual a importância dos Indicadores Financeiros na minha Empresa? Os Indicadores permitem que você, dono de um negócio, consiga, entre outros, identificar problemas, definir prioridades, medir esforços e metrificar resultados. Assim, isso acontece, pois os indicadores permitem a geração de dados confiáveis. Dados que auxiliam tomadas de decisão, planejamentos táticos e estratégicos a respeito da empresa. Como por exemplo, você está pensando se vale a pena fazer um investimento para o próximo mês. Entretanto, é necessário se perguntar: Vai ter retorno o meu investimento? (ROI) Vou ter dinheiro suficiente para investir? (Fluxo de Caixa) Sem uma base de dados concretos, dificilmente conseguiremos respondê-las. Caso contrário, estará fundamentando decisões da empresa em achismos e suposições. Antes de tudo, parece difícil conseguir implementar tudo isso na empresa, porém existem diversas formas de agilizar isso. Entre elas, ferramentas de gestão financeira, consultorias pagas e softwares online. Quais Ferramentas que podem me ajudar? Para conseguirmos realmente manter constância nas atualizações dos Indicadores Financeiros da nossa empresa, recomenda-se o uso de certas ferramentas de Gestão Financeira. Entre elas, o Fluxo de Caixa para entender o fluxo de dinheiro que existe na sua empresa. O Custeio, para entender se o preço do seu produto é compatível com os custos e despesas da sua empresa. E por fim, o DRE, para entender se as operações da sua empresa geram lucro ou prejuízo. Dessa forma, juntando essas ferramentas de controle financeiro com o conhecimento de Indicadores, você consegue analisar estrategicamente o fluxo de dinheiro que passa pela sua empresa e gerar mais lucro.  Em seguida, já que entendemos um pouco a respeito do que são os Indicadores Financeiros e sua importância, vamos conhecer os mais recomendados. Gostaria de aplicar na sua Empresa, mas não tem o conhecimento técnico? Entre em contato com a Líder Jr. e fale com um consultor especialista. 6 indicadores Financeiros para sua Empresa 1. Lucro Bruto Primeiro, falaremos do indicador Lucro Bruto. Todo empreendedor já ouviu falar da palavra lucro, pois é o que todos nós buscamos em nossas empresas. Porém, como calcula? E qual sua importância pra estratégia? O cálculo de lucro bruto se da pela diferença entre a receita total e os custos diretos e indiretos relacionados à produção. Ou seja, é o faturado menos o custo para fazer o produto ou promover o serviço. Porém, existe também o Lucro Líquido. Vamos falar um pouco sobre ele? 2. Lucro Líquido O Lucro Líquido, diferente do Bruto, mostra o rendimento real da empresa. O lucro é calculado fazendo a diferença entre a receita total e todas as despesas e custos da empresa. Esse resultado consegue guiar a empresa para analisar o quanto de lucro pode realmente ser reinvestido para inovação ou pode se dizer a quantia limpa da empresa. 3. Ponto de Equilíbrio O ponto de Equilíbrio tem grande conexão com o lucro líquido, pois ele representa o momento em que o lucro líquido é zero. Portanto, é usado para que o empresário consiga calcular o quanto precisa vender para ficar sem prejuízo. Esse indicador se relaciona muito com a capacidade de guiar resultados e esforços que os indicadores financeiros têm. Principalmente, pois consegue expor um possível déficit da empresa. 4. Margem de Lucro Esse indicador permite que você defina a porcentagem de lucro que quer ter em cima de cada produto e venda. Assim como, entender o que realmente sobra do preço cobrado pelos produtos e tomar decisões mais estratégicas. 5. ROI Vamos entender um pouco melhor o ROI, o primeiro indicador citado na matéria. O ROI, chamado de return sobre investimento. Ele pode ser calculado com a fórmula abaixo. Esse indicador é muito utilizado para conseguir analisar se um investimento faz ou não sentido, pois caso o ROI seja muito baixo você consegue fazer refletir sobre a importância e impacto do investimento nos seus resultados.  6. Ticket Médio Por fim, o ticket médio é o perco médio dos seus serviços. Ele permite que você analise se o preço médio dos seus serviços está coerente com a necessidade de fluxo de entrada monetário. Assim, exemplo pratico seria caso você tem uma meta final para o ano e percebe que mantendo o ticket médio atual não conseguirá atingir ela. Dessa forma, torna-se necessário fazer uma revisão do preço dos seus serviços e alocar esforços seja em marketing, product development ou vendas para aumentar seu ticket médio. Conclusão Esperamos que consiga entender um pouco melhor de como medir resultados a partir dos Indicadores podem ajudar e otimizar sua empresa. Caso esteja com dúvidas de como implementar isso na sua empresa, invista em uma Consultoria Empresarial e agilize os seus processos. Caso queira somente um paço para se adiantar seu processo baixe nossa planilha de precificação de serviços: https://liderjr.com/planilha-de-custeio-do-produto/

Blog, Gestão Financeira

Como definir o valor de mercado da minha empresa?

Em algum momento da trajetória do seu negócio você já sentiu a necessidade de definir o valor de mercado da sua empresa? Se sim, você deve percebeu que essa não é uma resposta muito simples e pode ser mais complexa do que aparenta ser. Se você nunca se perguntou isso, em algum momento você ainda irá se fazer esse questionamento. Qualquer que tenha sido a sua resposta, chegou a hora de você ter o conhecimento básico para mensurar o valor de mercado da sua empresa. Qual a importância de mensurar o valor de mercado da sua empresa? Em primeiro lugar, se você estava procurando sobre como definir o valor de mercado de seu negócio, você deve se encontrar em uma situação decisiva de sua empresa, certo? Por exemplo, você pode estar buscando diminuir a sua participação na empresa, procurando se aposentar. Ou até mesmo quer empreender em alguma outra área, colocar a sua empresa a venda, encontrar um sócio. Dessa forma, é extremamente importante definir o valor de mercado da sua empresa. Isso porque, é uma forma de entender o posicionamento da empresa no mercado e não perder dinheiro se surgir a necessidade de venda do negócio. Além disso, possuir maiores condições para negociar com um possível investidor. Ter a noção de qual o valor justo que um futuro sócio pode pagar para ter determinada parcela de participação na empresa. Ademais, uma situação bem comum nas empresas atualmente é a necessidade de avaliar o que valoriza e o que desvaloriza a sua empresa. Assim é possível entender quais foram as decisões que deram certo e quais que prejudicaram a empresa. Certo, mas qual cálculo utilizar para mensurá-lo? O Valuation! Valuation é uma palavra inglesa que significa “avaliação de empresas” e se baseia no cálculo estimado de quanto vale uma empresa. Assim, será levado em consideração contas que serão pagas, pagamentos que serão recebidos e investimentos em andamento. Para fazer o Valuation, existem diversos métodos. Porém, o mais utilizado é o por Fluxo de Caixa Projeto. Esse método que dá à empresa, além do valor estimado do negócio, uma boa projeção da saúde financeira. Consequentemente, os líderes poderão fazer uma análise e traçar estratégias para potencializar os resultados e contornar adversidades. Algumas empresas necessitam de suporte financeiro para atingir determinado objetivo. Porém, não é nada fácil conseguir atrair stakeholders sem ter o que mais interessa a eles: o valor do investimento. Métodos de Valuation para definir o valor de mercado de um empreendimento A seguir serão apresentados alguns dos métodos de Valuation comumente utilizados pelas empresas para mensurar o valor de mercado da companhia. – Fluxo de Caixa Descontado (FCD) Primeiramente, no método do Fluxo de Caixa Descontado, calcula-se o Valuation a partir do modelo de fluxo de caixa e possui projeções de lucro futuro. Além disso, aplica-se um desconto do risco vinculado ao investimento. Ademais, esse método de se definir o valor de mercado de uma empresa calcula uma taxa. Essa responsável por corrigir o superávit (resultado positivo final) de uma forma proporcional ao longo do tempo. Usando de no mínimo 5 anos e no máximo 10 anos de projeção, o FDC possui quatro benefícios. Demonstração de uma avaliação de caixa a médio prazo. Previsão do valor base em diversos cenários. Apresentação dos riscos. Realização de uma análise de sensibilidade. Por fim, o Fluxo de Caixa Descontado, mesmo tendo várias vantagens, possui algumas desvantagens, como: alto custo de execução, esforço e tempo de trabalho. – Valuation de Liquidação Dessa vez, o método de Valuation se resume em somar todos os ativos e subtrair todos os passivos. Esse método tem esse nome pois ele é muito utilizado por empresas que estão prestes a fechar, por isso liquidação. Além disso, no Valuation de Liquidação, os especialistas estimam um curto prazo para calcular por quanto os administradores podem vender o que sobrou do patrimônio da empresa. – Múltiplos de Mercado Possibilitando uma avaliação por meio de uma comparação dos indicadores de empresas que trabalham em um determinado campo, o Valuation por Múltiplos de Mercado é bem fácil para aplicação, mas possui algumas deficiências. Como por exemplo o fato de que é muito raro de se encontrar empresas que trabalhem no mesmo campo e ainda possuam um modelo de negócio muito similares. Além disso, essa forma de se definir o valor de mercado não analisa um momento específico da empresa e sim o período como um todo. – Valuation Contábil No presente método, para o cálculo do Valuation apenas consideramos o patrimônio líquido da empresa, ou seja, a sua contabilidade. Mesmo que utilizado por algumas empresas, esse método possui algumas falhas. Como a desconsideração dos bens intangíveis, como por exemplo, marcas e patentes. Dessa forma, a metodologia, dependendo da situação, pode não exprimir o real valor da empresa. Como fazer o Valuation e definir o valor de mercado de uma empresa? Como já dito, o método de Valuation mais utilizado atualmente é o Fluxo de Caixa Descontado. Dessa forma, vamos utilizá-lo neste passo a passo! – Cálculo do histórico do Fluxo de Caixa O primeiro passo para se definir o valor de mercado de um negócio se consiste no cálculo do fluxo de caixa dos períodos anteriores. Criando, como diz o nome, um histórico. Nessa etapa, apresenta-se, após os cálculos, o potencial de lucro da empresa. – Projeção do Fluxo de Caixa Assim, tendo como base os dados do passo anterior, chegou o momento de projetar as finanças para um prazo, como já foi dito, de no mínimo 5 anos e no máximo 10 anos. Após isso, a próxima etapa é calcular a média das variações percentuais das despesas e das receitas em anos anteriores. – Cálculo da taxa de desconto Antes de mais nada, para efetuar o cálculo da taxa de desconto é necessário levar em conta os riscos intrínsecos aos processos da empresa. E também, as demais oportunidades de investimento, para que gere interesse de um possível comprador. – Cálculo do valor presente do Fluxo de Caixa Projetado. Por fim, chegou

Blog, Gestão Financeira, Pesquisa de Mercado

Como identificar a viabilidade de um novo negócio ou a expansão de um já existente?

Empreender vai além da abertura de um negócio, o desejo de toda empresa nascente é atingir a maturidade e firmar-se no mercado obtendo o sucesso e retorno financeiro favorável. No entanto, uma série de fatores fazem com que milhares de empresas fechem as portas logo nos primeiros cinco anos de empresa. O principal deles é a falta de um estudo da viabilidade desse novo negócio. Dessa forma, para que você consiga identificar a viabilidade do seu novo negócio ou até mesmo a expansão de um negócio já existente, é necessário um Plano de Negócio bem estruturado. Portanto, levantar informações importantes sobre o seu mercado de atuação, ter um planejamento financeiro detalhado e estudar as oportunidades de crescimento do negócio são os pilares essenciais. Mas o que é um Plano de Negócio? É um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais ações devem ser tomadas para que essas metas sejam alcançadas. Um Plano de Negócio permite identificar antecipadamente e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los quando já se está inserido no mercado. Sendo assim, é importante tanto para quem está abrindo o negócio quanto para quem está ampliando o empreendimento. Vale destacar que esse planejamento não elimina os riscos, mas evita que erros sejam cometidos pela falta de análise, diminuindo as incertezas do seu negócio. Portanto, algumas validações devem ser feitas nesse plano: Viabilidade do Negócio no Mercado A viabilidade de mercado pode ser dividida em três partes: validação da necessidade, tamanho da demanda e ambiente competitivo. É necessário validar se realmente existe mercado para o seu produto ou serviço. Da mesma forma que é necessário avaliar o tamanho da demanda, ou seja, quantas pessoas são clientes em potencial. Dessa forma, vale lembrar que nichos de mercado muito específicos e limitados em volume podem ser um grande problema para uma empresa. Além disso, ainda dentro da viabilidade de mercado, é essencial investir nessa análise, pois ela pode trazer muitas informações importantes do ambiente competitivo. Sendo assim, o objetivo da pesquisa de concorrentes é comparar a sua proposta com a das empresas que atuam no mercado. Assim como, descobrir se você tem algum diferencial competitivo relevante. Portanto, para sanar esses três pontos essenciais do entendimento da viabilidade de mercado – validação da necessidade, tamanho da demanda e ambiente competitivo – é necessária uma Análise do Mercado. Dessa forma, você poderá entender o comportamento do seu público alvo, as tendências desse ramo, as estratégias dos seus concorrentes e, por fim, estruturar um marketing assertivo com diferencial dos demais. Viabilidade Operacional O estudo de viabilidade de um novo negócio deverá, também, apontar a equipe operacional necessária para tocar o novo projeto e os custos disso. Ter um mercado bem estabelecido, mas não conseguir viabilizar a produção de forma a atender a demanda certamente torna o negócio inoperante. Sendo assim, essa análise da viabilidade operacional demonstrará formação dos funcionários (quantidade de operadores), carga de trabalho (que não acarrete problemas para o funcionário e que esteja de acordo com a legislação trabalhista) e infraestrutura (providenciar uma estrutura de trabalho adequado para essa equipe). Portanto, o negócio precisa de capacidade de adequar toda a cadeia de valor – desde os fornecedores de insumos e matéria-prima, até a distribuição do produto final até chegar ao cliente e/ou consumidor. Viabilidade Financeira O objetivo da análise de viabilidade financeira é demonstrar, primeiro, que a soma das receitas projetadas ao longo do tempo, em algum momento, conseguirá cobrir as despesas e custos. E, em segundo lugar, provar que os lucros acumulados irão cobrir os investimentos totais feitos, com o devido retorno que compense o capital investido. Além disso, um plano financeiro bem estruturado pode ser uma oportunidade para atrair investidores para o seu negócio. Ao provar que você terá determinado lucro em determinado tempo, você mostra dados reais sobre o provável retorno financeiro de acordo com a injeção de dinheiro. Um aspecto atraente aos olhos de um possível investidor. Dessa forma, o principal motivo para realizar um estudo sobre a viabilidade financeira de um negócio é diminuir os riscos. Consequentemente, evitando que projetos sem o retorno da quantidade mínima de lucros necessário sejam realizados. Ele é um norte e um guia para empreendedores. Direciona as decisões empresariais em escolhas mais promissoras. Viabilidade de Crescimento A acomodação é algo que não pode fazer parte da jornada dos negócios que pretendem se manter com boa lucratividade e sucesso. Por outro lado, quando o máximo potencial é atingido, é chegada a hora de expandir, como forma de garantir sobrevivência e alcançar perenidade. Desse modo, é preciso demonstrar, no plano de negócios, o potencial para gerar um crescimento da empresa. Afinal, o investidor só vai realiza o ganho quando vender a parte dele por um valor proporcional ao que o negócio ainda poderá gerar no futuro. Portanto, as estratégias de crescimento representam parte importantíssima no estudo da viabilidade do seu negócio, e você não deve descartá-las. Como elaborar e entender a viabilidade do negócio? Agora que já sabemos que, para identificar a viabilidade de um novo negócio ou da expansão de um já existente, precisamos de um Plano de Negócio bem estruturado, é preciso determinar de que forma ele será elaborado. Lembrando que a preparação de um plano de negócio não é uma tarefa fácil, pois exige persistência, comprometimento, pesquisa e trabalho duro. Dessa forma, existe a possibilidade da utilização de materiais guias para se elaborar um documento bem estruturado, como do Sebrae ou nosso próprio material (linkar com matéria de como fazer um PN da Líder). No entanto, como é um documento complexo, demanda muito tempo de quem irá elaborá-lo. Por isso, também existe a possibilidade de terceirização desse tipo de serviço. De modo que garanta um documento final completo e bem estruturado, pois terá uma equipe direcionada exclusivamente para essa construção e estudo do seu negócio. Dessa forma, se você tem interesse em analisar a viabilidade de um novo negócio ou da expansão de um já existente. Contate um consultor da Líder e tire suas dúvidas.

Blog, Estruturação de Negócios, Gestão Financeira

Você sabe como diminuir gastos em tempos de crise?

O ano de 2020 surpreendeu todo mundo e afetou diretamente pequenas e médias empresas. Assim, a rápida adaptabilidade foi essencial para que essas empresas não se perdessem ao longo do caminho. Um dos pontos chave para essa recuperação pós crise é entender como diminuir gastos para fazer com que o caixa da sua empresa perdure por mais tempo. A relevância da redução de gastos Manter o fluxo de caixa da sua empresa positivo no final de todos os meses não é nada fácil, principalmente quando o ambiente externo não está favorável. Na correria do dia a dia tendemos a não acompanhar de perto cada gasto que efetuamos, porém em situações difíceis deve ser a primeira coisa a se fazer. Portanto, diminuir gasto não só significa se sustentar por mais tempo em uma crise, mas também tornar a sua organização mais enxuta e eficaz naquilo que faz. Pensando-se em um futuro próximo, as empresas que conseguirem manter o equilíbrio mesmo em situações adversas destacam-se nesse mercado que é cada vez mais competitivo e caótico. Tipos de gastos: A partir do dicionário gastos é definido como “sacrifícios financeiros com os quais uma pessoa, organização ou governo, têm que arcar a fim de atingir seus objetivos”. O primeiro passo para diminuir gastos é entender o que são gastos. Dessa forma, definição do dicionário pode até ser um norte, mas aqui aprofundaremos um pouco mais no tema. Dividimos gastos em 4 tipos: Custos – esse tipo de gasto se refere a todo valor desprendida na produção de um produto ou serviço. Ou seja, até o produto estar produto para venda, consideramos esse gasto como custo. Exemplos de custos são depreciação dos equipamentos, matéria prima, conta de energia elétrica. Despesas – já as despesas se refere a gastos que possuímos para manter o andamento da nossa empresa, seja com a administração dela, marketing, aluguel etc. Essas despesas ainda podem ser fixas ou variáveis. As fixas são previsíveis e não se alteram com a quantidade de produto produzido. Já as variáveis mudam na medida em que a produção aumenta ou diminui. Investimento – o gasto do tipo investimento pressupõe que haverá um retorno no futuro. Por exemplo, você compra um novo equipamento para a sua empresa que fará a sua produção aumentar em 25%. Logo, apesar do investimento inicial, você tende a retornar esse valor e ainda mais no futuro. Nesse tipo de gasto é importante analisar o tempo de retorno para entender se o investimento realmente valerá a pena. Gastos não operacionais – esse tipo de gastos é aquele em que não consta no orçamento da empresa, ou no planejamento financeiro, mas é fundamental para as atividades da empresa. Alguns exemplos desse tipo de gasto são: troca de equipamentos com defeito, assistência técnica, entre outros. Como realmente diminuir gastos Entenda seus gastos O primeiro passo para que você possa efetivamente diminuir os seus gastos e não afetar na produtividade da sua empresa e do seu time é entender quais gastos você tem atualmente, classificá-los nos tipos já citados e avaliar quais são imprescindíveis para o funcionamento da empresa e quais podem ser cortados. Mapear exatamente os seus gastos é fundamental, é impossível começar a cortar gastos sem saber quais são eles; Após mapear esses gastos, classifique-os nos tipos que trouxemos; Por fim, avalie cada gasto individualmente e entenda a sua relevância para a sua empresa. Crie planos de ação Depois de elencar quais gastos cortar, você deve colocar a mão na massa e cortar efetivamente os que não faz sentido. Para aqueles gastos identificados como essenciais, tende renegociar esses gastos com as pessoas envolvidas. Por exemplo, se você possui uma loja de roupas feitas com um tecido extremamente exclusivo, o gasto com matéria prima é importante para a sua empresa. Dessa forma, como você não pode simplesmente eliminá-lo, renegocie com o seu fornecedor esses valores. Com certeza ele também estará passando por uma crise, a última coisa que ele vai querer é perder um cliente fiel. Renegocie seus gastos essenciais; Entenda como as suas vendas são estruturadas O próximo passo é entender como o seu processo de vendas funciona e como otimizá-lo ao máximo. Se o seu time de vendas tem o costume de prospectar visitando locais, se deslocando por toda a cidade, isso demonstra que muitos gastos você tem com isso. Utilizar a tecnologia ao seu favor é fundamental em momentos de crise. Comece a buscar clientes digitalmente, por meio de anúncios no Google, ou utilizando as redes sociais da sua empresa. Entenda o processo de venda da sua empresa; Utiliza a tecnologia para potencializar os seus resultados e reduzir gastos. diminuir gastos desnecessários Mais um ponto importantíssimo é reduzir gastos com deslocamentos. Cada vez mais reuniões entre funcionários, ou entre funcionários e clientes podem ser feitas remotamente. Desse modo, além de otimizar o tempo da sua equipe, para focar em vender mais, você também consegue reduzir drasticamente sues gastos com deslocamentos. Outro ponto que também reduzira seus gastos é utilizar uma ferramenta para assinatura de contrato online, evitando o gasto com deslocamento. Adapte a sua empresa para o novo normal, reuniões remotas e contratos online já é uma realidade. Ferramentas que te auxiliarão em diminuir gastos Docusign – ferrameta que permite a assinatura de contratos online de forma simples e segura; Google Meet – plataforma que permite reuniões remotas totalmente gratuita; Contabilizei – plataforma de contabilidade online, segura e com ótimo custo benefício; Google Ads – serviço de publicidade do Google para alcançar leads digitalmente.

Blog, Gestão Financeira

RS Doces aumenta o lucro em 250,37% com Custeio

1. Sobre a RS Doces Regiane e Sérgio, cujos as iniciais dão o nome da empresa RS Doces, fundaram o negócio em junho de 2018 em Novo Horizonte, São Paulo. Tornou-se, então, a principal fonte de renda do casal. A RS Doces tem o propósito de levar felicidade através dos doces que produz, portanto, buscaram a Líder Jr. a fim de estruturar-se uma precificação de todos os produtos, levando em consideração todos os custos e despesas do processo produtivo. Além disso, havia a necessidade de repensar a demanda e valor de venda, de modo a aumentar o faturamento da empresa. Podendo possibilitar, também, o investimento em estratégias de marketing e, consequentemente, o aumento de vendas e prosperidade do negócio. A RS Doces, após reunião com os especialistas da Líder Jr., começou a passar dados que poderiam estruturar o início do projeto. Portanto, os clientes pesaram 35 sabores de trufas nos tamanhos P, M e G; seis sabores de bolo de pote massa branca, massa de chocolate e o creme belga utilizado como base; seis sabores de cone trufado; cinco sabores de pão de mel nos tamanhos P e M; três sabores de alfajor e cesta de chocolate. 2. Dando início à realização do projeto Logo de início, a Líder, como sempre, já teve a preocupação de ter 100% de alinhamento com os clientes. Para isso, agendamos diversas reuniões para que os especialistas explicassem os termos necessários ao projeto. Além disso, também seria definido, em conjunto, o método de custeio mais apropriado para os objetivos, rotina e aspirações da empresa. Os especialistas deram, basicamente, uma aula sobre os dois tipos de método – absorção e variável.  3. Compreendendo a complexidade do Custeio para a RS Doces Por ter uma grande variedade de sabores dentro de cada produto, a Líder pensou que seria viável uma nova precificação para cada sabor dos doces. Porém, após analisar-se os custos fixos, variáveis e despesas, notou-se que não havia benefício para a empresa a variação do preço de venda. O custo de produção era, praticamente, o mesmo. Por isso, alguns produtos foram extintos. Além de não possuírem taxa da venda considerável, o custo de alguns deles igualava-se, de forma a trazer prejuízo à RS. Como exemplo, usando valores e produtos fictícios para compreensão do leitor: a torta de frango tamanho P tinha o mesmo custo da torta G. Por isso, na hora de repassar o valor de venda para o cliente final, haveria conflito. Uma vez que seria o mesmo valor de venda, prejuízo ou superfaturamento. Logo, após reuniões com os donos da empresa, a Líder fez um estudo e ficaram os produtos que trariam benefícios. O cardápio da RS Doces foi completamente readaptado durante a realização do Custeio. 4. Desafios Enfrentados O maior desafio foi atender ao desejo da empresa de dobrar o lucro. A falta de padronização foi o principal empecilho para a realização desse objetivo, já que a equipe RS Doces não compravam de um fornecedor fixo. Comprava-se, na realidade, de supermercados, que repassam frequentemente os aumentos provenientes de mudanças políticas, econômicas e climáticas. Então, mesmo quando vendiam mais do que o padrão, caso houvesse um aumento significável nas matérias-primas, o faturamento seria maior. Porém, infelizmente, o lucro seria o mesmo. A Líder Jr. disponibilizou uma planilha totalmente automatizada, a fim de possibilitar a alteração da matéria-prima, de modo que o aumento de custo chegasse ao cliente final. Considerando ser uma empresa estruturada na residência dos donos, mostrou-se de suma importância a correta divisão dos valores de contas a serem pagas de uso pessoal e de uso profissional. Portanto, a Líder fez um estudo minucioso para a execução do Custeio, levando em consideração tempo de produção, limpeza e produtos em equipamentos. Com isso, foi possível achar o percentual correspondente às despesas e custos destinados à RS Doces. A equipe calculou, também, o tempo gasto e consumo de energia elétrica, uso de internet para divulgação, gás (GLP) e todos os outros gastos. Subsequente às diversas reuniões entre Líder e RS Doces, foi notado que a demanda e o rendimento das receitas por período não eram coincidentes. Fato que gerava prejuízos indiretos e que, sem a precificação, seria impossível notar. 5. Conhecimentos Utilizados A Líder, como supracitado, viu a necessidade da estruturação de uma planilha extremamente automatizada e interligada. O conhecimento dos especialistas acerca de planilhas foi de suma importância para a estruturação e visual. Uma vez que a Líder tem como dois dos valores “Foco no Cliente” e “Excelência em resultados”, a equipe preocupou-se muito em entregar uma planilha com a cara dos clientes. Além de possuir alta usabilidade dentro dos conhecimentos e dia a dia da empresa. Por isso, a equipe colocou botões em todas as abas. Ademais, os nomes ficaram bem intuitivos e os valores em evidência, tudo isso para facilitar a rotina dos donos da RS Doces. Vale ressaltar, também, que a equipe do projeto adicionou abas com o intuito dos donos fazerem a atualização dos valores, como o aumento dos valores repassados pelos supermercados, que faz com que toda a precificação sofra alteração. Porém, a equipe suporte orientou a empresa a não fazer mudanças que não sejam significativas, uma vez que, não haverá troca de valor final. Por ser uma empresa de produção de comida, utiliza-se máquinas como fogão, geladeira, batedeiras, fornos e liquidificadores constantemente. Um erro muito comum de comerciantes e empreendedores é, na hora de fazer a precificação de seus produtos, não levar em consideração a depreciação do maquinário e até dos utensílios usados na fabricação. Para saber mais sobre o assunto, acesse https://otimogestor.com.br/blog/depreciacao-de-equipamentos-entenda-como-calcular-agora/. Sabendo disso, a Líder fez a relação de todo maquinário que a RS utiliza para fazer a produção dos seus doces. Após isso, a equipe Líder Jr. realizou a cotação dos valores, cálculo do índice de depreciação, valor pago anual e pago mensal. Esse valor é adicionado ao rateio de cada produto. 5. Entendendo mais sobre Custeio O rateio é correspondente aos custos fixos indiretos de cada doce. São aqueles custos de maior

Blog, Case de Sucesso, Gestão Financeira

Entenda Precificação de produtos e Margem de lucro – Líder Jr.

Precificação de produtos: como se diferenciar para ter lucro Precisamos começar falando que a precificação de produtos está completamente ligada ao processo de venda. Isso pode parece óbvio, mas isso permite que possamos iniciar a nossa discussão na mesma página! Desde os primórdios do capitalismo, nós conseguimos enxergar a relação de quanto um produto exige de contrapartida do interessado na sua posse.  Reparem que não usei a palavra “valor”, pois vamos usar essa expressão quando estivermos falando de Proposta de Valor. Então, relembrando os conceitos de escambo, por exemplo, um produto era cedido por mim quando eu queria ter acesso a outro. Logo, eu poderia entregar 5 tomates e receber 8 laranjas. Ou seja, 5 tomates era o preço para se ter 8 laranjas. Nessa época, o acúmulo de riquezas ainda não era o objetivo – até a chegada do mercantilismo. Isso quer dizer que, se eu “cobrava” de você 5 tomates para entregar 8 laranjas, era isso que eu enxergava que me custava e eu realmente precisava disso. Eu não cobraria de você a mais apenas para o meu acúmulo, o lucro não era a intenção; Claro que, naquela época, o mercado não era regulado e cada produtor estabelecia suas relações comerciais da maneira que achava melhor. É apenas um exemplo histórico e muito simples para introduzirmos um assunto que já ganhou uma complexidade enormemente maior do que tinha há 800 anos atrás. 3 formas de fazer a precificação de produtos Na lógica de mercado atual, quando produzimos algo e pensamos no seu preço, a primeira pergunta que vem na nossa cabeça é: quanto me custou? A partir disso, conseguimos trabalhar com um preço, no mínimo, acima do custo, para evitar o nosso prejuízo.  Mas quanto a mais acima dos custos? E onde entra a concorrência nessa história? Como pensar em tudo isso? Vamos lá! 1ª Quanto você quer ter de lucro? Primeiramente, a primeira forma de precificação de produto, é o método mais tradicional. Após analisar quais são os seus custos para a produção e dividi-los entre as unidades produzidas, você só precisa pensar: quanto eu quero ter de lucro? A princípio, se a unidade do seu produto te custa 8 reais, e você quer ter 2 reais de lucro por unidade, você estabelece o preço de venda como 10 reais.  Ou então, você não sabe quanto quer ter de lucro unitário, mas tem uma pretensão de lucro total. Se, no mesmo exemplo, você planeja vender 500 unidades no mês e quer ter um lucro de 500 reais, você tem que lucrar 1 real por unidade – ou seja, o preço de venda deve ser 9 reais. Mas isso pode parecer simples, não é mesmo? No entanto, como eu falei, bastante tradicional e desconsidera fatores importantes de concorrência e diferenciação de mercado. 2ª Quanto os seus concorrentes estão cobrando?  Digamos que, usando dos exemplos anteriores, após fazer a precificação do produto, você resolveu cobrar 10 reais. Mas quando você faz uma pesquisa de mercado você identifica que os concorrentes cobram R$8,50. “E agora? Vou ter 50 centavos de lucro por unidade?” Você tem algumas escolhas. A primeira dela é cobrar igual e apostar que os clientes vão preferir o seu produto, fazendo eles migrarem para a sua empresa. A segunda é cobrar abaixo e tirar os clientes do seu concorrente porque você está com um preço inferior. Mas o que ninguém te conta é que quem chega pelo preço, também vai embora pelo preço. E se o produto para o seu concorrente custa 6 reais? Ele ainda tem R$2,50 de margem para “guerrear” por preço antes de ter prejuízo e você não sabe disso! Assim que ele abaixar para 8 reais, os clientes que vieram para você, voltam para ele. Mas não são só 2 caminhos que você pode seguir, existe um terceiro! 3ª O quanto seu produto vale? Essa é uma pergunta extremamente subjetiva, mas importante no mesmo nível. Lembra que no início eu avisei que ia falar sobre valor? Chegamos nesse momento! Antes da gente falar mais sobre proposta de valor, preciso te dizer a verdade do processo de precificação de produtos: as 3 maneiras são complementares. Você precisa cobrir seus custos, prever sua demanda, planejar seu lucro e analisar seus concorrentes. Mas não pode ser só isso. Qual é o diferencial do seu produto? O que só ele permite, gera ou facilita às pessoas? Essa é a proposta de valor do seu produto. Com isso bem definido, um concorrente pode cobrar 10 reais e você 25, que você terá clientes fiéis, que amam a marca e se identificam. Esse preço não é tudo, ele é volátil e as pessoas também são, mas o que a sua marca e o seu produto fazem com os clientes, não é. Saia da guerra de preços e cobre o quanto o seu produto vale. Mas aqui vale a ressalva, os clientes devem enxergar a mesma proposta de valor que você imagina para o seu produto! Eu posso achar que faço o melhor bolo da cidade e tentar cobrar como tal, mas se para os clientes isso não é verdade, eles não compram nem se for mais barato. Pense em você como consumidor, antes mesmo de empreendedor: se uma marca se autodenomina a melhor no que faz, mas você prefere uma outra, o que você pensa desse discurso?  Dois ótimos exemplos: as famosas disputas Toddy x Nescau ou Burger King x McDonald’s, seja você fã de uma marca ou de outra, dificilmente você compra da marca concorrente só por ela ter abaixado o preço. Porque você compra mais do que o produto, você compra a marca, o valor, o propósito e a experiência. E como unir as 3 abordagens para a precificação de produtos? Seja como for, agora que já estamos bastante contextualizados e entendemos a diferença entre alguns conceitos, a hora de colocar a mão na massa é a “mais fácil”. Vou te apresentar a ordem cronológica das ações em 6 passos: Passo 1 – Mapeie os seus

Blog, Gestão Financeira

Análise de viabilidade e de mercado: como fazer?

O dia a dia das empresas está sempre envolto em dúvidas sobre qual é o próximo passo a ser dado. Considerando que qualquer empreendimento pode ser derrubado com facilidade – ainda mais com as incertezas econômicas do país – a correta tomada de decisão pode fazer a diferença entre a manutenção da empresa no mercado e a perda de espaço frente aos concorrentes. Perante a isso, a análise de viabilidade e de mercado surge como uma das ferramentas mais utilizadas nas empresas que buscam o sucesso e a perenidade. Ademais, como forma de estar preparado para as reviravoltas do empreendimento, surge a necessidade de se munir de informações para que qualquer decisão seja tomada com consciência de seus riscos e consequências, evitando a exposição a riscos. Entretanto, você sabe como utilizá-la da maneira correta? Do que se trata a Análise de Mercado? A análise de mercado é um instrumento para compreender a realidade do mercado em que o empreendimento está inserido, ou quer se inserir, para assim tomar decisões efetivas. Simplificando, é uma forma de iluminar o caminho da empresa. Do mesmo modo, os dados buscados podem incluir características comportamentais, hábitos de consumo, renda, entre outras questões que podem ser interessantes para a empresa. Ademais, a forma como essas informações são obtidas podem ser feitas pela própria empresa ou coletados por um profissional especializado. Por que fazer uma Análise de Mercado? Desse modo, é comum que a pesquisa de mercado seja menosprezada por alguns gestores, uma vez que não creem não haver necessidade de estudar a estratégia de outras empresas e que isso pode tornar a empresa ordinária e pouco inovadora. Porém, a pesquisa de mercado não se limita aos concorrentes, e deve envolver diversos outros dados. Assim, conhecer o ambiente no qual seu negócio está inserido, entender quais são seus desafios atuais e do futuro, e descobrir caminhos ainda não explorados é essencial. Portanto, tudo pode ser obtido através de uma boa pesquisa de mercado. Consequentemente, novas informações podem contribuir para o surgimento de novas ideias e permitir novas perspectivas. Benefícios de uma Análise de Mercado Assim, se bem feita, a análise de mercado poderá auxiliar na análise de viabilidade de um empreendimento, melhor conhecimento do mercado e otimização dos processos internos. Afinal, no longo prazo, você estará à frente das tendências, e será capaz de fidelizar mais clientes. Para tal, listamos primeiramente dois pontos cruciais dos benefícios de um estudo do mercado. 1. Conhecer seu público Antes de mais nada, com dados mais específicos de seu público-alvo será possível construir personas, uma construção semifictícia do seu cliente ideal. Dessa forma, obtendo essas informações você poderá testar novas campanhas de produtos ou serviços que melhor atendem seu cliente. 2. Compreender a postura de seus concorrentes As empresas que atuam no mesmo setor que a sua são fontes valiosas de informações, aliás elas vivenciam experiências semelhantes às suas. Assim, a partir de uma coleta de insights, você poderá elaborar estratégias mais competitivas e atuar em novos segmentos que ainda não são explorados. As etapas de uma Análise de Mercado Os principais passos para realizar uma pesquisa de mercado são:       Definição de objetivo Pense em qual problema você quer solucionar e entenda suas variáveis, para aí poder dar um foco na sua pesquisa. Quais suas metas no pequeno e médio prazo? Definição de público-alvo De quem você quer obter dados? Dos fornecedores? Concorrentes? Clientes? Se sim, todos eles?  Qual a amostra? Elaboração do roteiro e instrumentos Formulação das perguntas, que vem ser diretas e simples. Tente pensar como quem vai respondê-la e como obter informações mais fidedignas. Aplicação do questionário e análise dos resultados É importante executá-la de forma correta, e muitas vezes com auxílio de pessoal especializado. Ao analisar os dados, é importante filtrá-los de acordo com seu interesse e construir um panorama geral. Hoje, especialmente com as ferramentas digitais, é muito fácil geral uma grande quantidade de informações. Porém, elas por si só não resolvem nada. É importante gerenciá-las e não gerar um caos que poderia leva-lo a tomar decisões precipitadas. A escolha dos dados que serão obtidos é fundamental, e deve condizer com o seu objetivo. Análise de Viabilidade: qual material escolher para um novo produto? A oferta mundial de produtos vista hoje nunca foi tão grande. Philip Kotler, autor renomado no marketing, afirma que as empresas que não conseguirem gerar inovação terão seus portfólios de produtos e serviços em risco. O sucesso de um produto está atrelado à sua capacidade de suprir uma necessidade do mercado, e quando parece que não há mais nada para ser criado, é preciso fugir para outras opções de inovação, como design e durabilidade, características intrínsecas ao material de qual o produto é feito. Etapas da Análise de Viabilidade Ao cogitar lançar um novo produto, é necessário escolher o material adequado para essa aplicação. 1. Triagem de materiais na Análise de Viabilidade O primeiro passo é fazer uma triagem dos materiais que se adequem aos esforços exigidos, sendo viável realizar uma seleção de materiais para garantir a melhor escolha do material. Ao mesmo tempo, um projeto de seleção de materiais não se limita à parte de engenharia, sendo que a pesquisa de mercado também pode ser um diferencial interessante nessa etapa. No processo de idealização de um produto, é necessário fazer uma análise de viabilidade perante ao que já se encontra no mercado. Conheça 5 grandes empresas em que a Engenharia de Materiais fez a diferença aqui! Se a ideia é lançar um produto diferenciado, será essencial analisar como os concorrentes constroem seus modelos, para então verificar quais são as possibilidades de materiais disponíveis que têm uma vantagem competitiva sobre os produtos já disponíveis. 2. Estudo de mercado Também é necessário realizar um estudo de mercado focando nos fornecedores, pois seu produto só conseguirá ser lucrativo se a logística de produção for eficaz. Posteriormente, após escolher o material que atenda às necessidades mecânicas para a aplicação e que seja diferenciado dos concorrentes, é preciso conferir se há a oferta

Blog, Gestão Financeira

Espaço 2020: como definiram seus preços com um custeio

1. Sobre o Espaço 2020 – Diversidade & Harmonia O Espaço 2020 Diversidade & Harmonia é uma cafeteria que será localizada em Batatais, no interior do estado de São Paulo, e oferecerá opções de cafés e acompanhamentos, como pães e bolos.  A cliente entrou em contato com a Líder Jr. para definir o preço de venda de 14 produtos. Dentre os quais estão os pães e cafés que serão oferecidos na cafeteria. De modo que, o preço seja capaz de cobrir todos os custos, as despesas e a margem de lucro desejada. 2. O Desafio Antes de tudo, o custeio é o serviço capaz de apurar todos os custos de um produto com o objetivo de embasar decisões estratégicas a partir da obtenção de informações. Por exemplo, a porcentagem de despesas em relação ao faturamento, valor que será usado para o cálculo do preço de venda do produto a partir do mark-up. O mark-up é um índice que se multiplicado pelo custo unitário, ou seja, ao valor gasto para produzir determinado produto, chega a um preço de venda que cobre as despesas e a margem de lucro desejada. 3. Desenvolvimento O projeto para a cafeteria, Espaço 2020 Diversidade e Harmonia, teve duração de 10 semanas e contou com uma equipe de três pessoas. Ademais, durante o desenvolvimento do projeto, a equipe realizou reuniões de alinhamento com a cliente para obter informações sobre a produção e validar entregas parciais.  Por fim, a entrega final contou com a apresentação de uma planilha com o preço de venda dos produtos. A planilha continha informações do custo e do preço de venda ideal de cada produto, levando em consideração o porte da cafeteria e o preço do mercado. Assim como, da quantidade de venda necessária para reduzir a porcentagem de despesas e aumentar a margem de lucro. Além disso, a equipe realizou a simulação de três cenários levando em consideração o aumento da demanda com o passar do tempo. Como o custeio foi realizado?  Para a execução do custeio, foram coletadas diversas informações como ingredientes, informações relativas ao processo produtivo, aluguel, impostos, dentre outras. Os gastos foram então classificados em custo fixo direto, custo fixo indireto, custo variável direto, custo variável indireto e despesas fixas ou variáveis. Os custos são os gastos relativos à produção do produto, como ingredientes. Enquanto, as despesas são os gastos relativos à manutenção da empresa, como impostos. O método de custeio escolhido foi o custeio por absorção porque considera todos os custos nos seus cálculos. Esse método exige que seja feito o rateio de custos fixos indiretos, ou seja, a divisão proporcional dos custos que não podem ser associados diretamente ao produto. Por exemplo: depreciação dos materiais.  A equipe elaborou uma planilha automatizada com os cálculos necessários para a obtenção do preço de venda dos produtos. Assim como, uma análise da quantidade de venda ideal para reduzir a porcentagem das despesas e aumentar a margem lucro. De modo que, se as informações de preço dos ingredientes e demais custos ou despesas forem alteradas, um novo preço é gerado e o mesmo acontece caso a quantidade de vendas média mensal for alterada na planilha. 4. Conhecimentos utilizados nesse projeto Foram necessários conhecimentos na área de contabilidade para classificar os gastos da cafeteria em custos e despesas. Ademais, a aplicação das fórmulas necessárias na ferramenta utilizada (Excel) para realizar os cálculos e obter as informações necessárias. 4.2 Excel  Foi necessária a automatização da planilha para facilitar o acesso do cliente às informações.   

Blog, Case de Sucesso, Gestão Financeira